domingo, 28 de agosto de 2011

Naoum aciona PF: Veja pode ter feito filme ilegal



Em entrevista ao 247, o gerente-geral do hotel, Rogério Tonatto, afirma que as imagens (acima) não se parecem com as do circuito interno do hotel; podem, portanto, ter sido filmadas por Veja; perícia irá apontar os responsáveis pelo crime, que já coloca Fabio Barbosa, novo presidente da Abril, diante de um dilema: iniciar ou não a faxina interna?

28 de Agosto de 2011 às 15:31

Leonardo Attuch_247 – O caso Veja/José Dirceu pode ser ainda mais grave do que parece. Há poucos minutos, recebemos uma ligação de Rogério Tonatto, gerente-geral do Naoum Plaza Hotel. Indignado com o vazamento de imagens do corredor de um dos andares do estabelecimento, onde o ex-ministro José Dirceu se hospeda com frequência, ele afirma que elas não se parecem com as do circuito interno do hotel. Ou seja: podem ser fruto de um grampo plantado pela equipe da revista Veja, que também se hospedou no hotel. “Já acionamos a polícia civil do Distrito Federal e vamos também acionar a Polícia Federal para que se apurem todas as responsabilidades”. Leia, abaixo, sua entrevista:

247 – Como foram obtidas aquelas imagens?

Rogério Tonatto – Ainda não sabemos, mas o que podemos dizer neste momento é que elas não se parecem com as do circuito interno de segurança do hotel. Todas as nossas câmeras são coloridas e não faria sentido que a reportagem da revista Veja apagasse a cor das imagens antes de publicá-las.

247 – Então está descartada a possibilidade de que as imagens tenham sido vazadas por algum funcionário do hotel?

Tonatto – Nada está descartado, mas as imagens, a princípio, não são nossas, mas sim de outras fontes.

247 – O grampo pode ter sido plantado pela revista Veja?

Tonatto – Tudo terá que ser apurado. Já registramos um boletim de ocorrência junto à polícia civil do Distrito Federal e pretendemos também acionar a Polícia Federal para que se apurem todas as responsabilidades. Vamos até o fim.

247 – Veja alega que o hotel foi instado pelo hóspede José Dirceu a registrar o boletim de ocorrência.

Tonatto – Ora, é evidente que a iniciativa foi nossa. O Naoum é um dos hotéis mais tradicionais de Brasília. Já hospedamos reis e rainhas em nossos 22 anos de existência. Temos a obrigação de zelar pelos nossos direitos e também pelos direitos de nossos hóspedes.

247 – O dano à imagem do hotel foi grande?

Tonatto – Admito que foi constrangedor ver imagens que dizem respeito à intimidade das pessoas que aqui se hospedam serem expostas daquela maneira.

247 – É verdade que o jornalista Gustavo Ribeiro saiu sem pagar sua conta?

Tonatto – A conta foi paga porque aqui no hotel todos que se hospedam deixam antes uma garantia, com um pré-pagamento no cartão de crédito.

247 – Mas ele saiu mesmo sem fazer o check-out.

Tonatto – Posso dizer que a conta foi paga.

Em reportagem anterior sobre o caso, já havíamos noticiado que o Hotel Naoum confirmava o crime cometido por Veja (leia mais). Na reportagem deste fim de semana, estão expostas imagens de José Dirceu, mas também de senadores, como Lindbergh Farias, Eduardo Braga e Delcídio Amaral, que se encontraram com ele, assim como de executivos, como José Sergio Gabrielli, presidente da Petrobras, e do ministro Fernando Pimentel. Note-se que foram filmados sem autorização judicial e sem que fizessem nada de anormal - apenas encontravam-se com uma pessoa conhecida, que participa da vida política do Brasil.

Recentemente, no maior escândalo da história da imprensa mundial, soube-se que o tablóide britânico News of the World grampeava ilegalmente os alvos de suas reportagens. Rupert Murdoch, dono do jornal, pediu desculpas publicamente na primeira página de todos os seus jornais e foi ainda obrigado a depor diante do parlamento britânico – quando quase foi alvejado por uma torta na cara.

Roberto Civita, dono do grupo Abril, certamente não pedirá desculpas.

Sua tropa de choque já foi escalada para desqualificar o crime de invasão de domicílio, que será investigado pela polícia civil do Distrito Federal e pela Polícia Federal, e para tratar a reportagem deste fim de semana (leia mais sobre ela) como um marco da democracia brasileira.

Mas Civita acaba de contratar como presidente o executivo Fabio Barbosa, que é um incansável pregador da ética corporativa.

Dentro de uma semana, Barbosa estará no comando da Abril, com poderes, inclusive, sobre a área editorial – o que inclui Veja.

E ele tem um prato cheio nas mãos: a oportunidade histórica de iniciar a “faxina” interna.

E isso sem maiores traumas, pois, aparentemente, houve um haraquiri no grupo Abril (leia mais).

O risco da “murdoquização” da imprensa




Por Erivaldo

O ex-ministro José Dirceu publicou em seu blog nota acusando um repórter da "Veja" de ter tentado invadir seu quarto no Hotel Naoum. Fazendo-se passar por hóspede, ele teria dito a uma camareira que havia perdido a chave e solicitado, sem sucesso, que a funcionária abrisse o apartamento.

Na edição desta semana, a Veja publicou a reportagem sobre a estadia de José Dirceu no hotel citado. Segundo a revista, o ex-ministro utiliza o local para receber autoridades da República a fim de conspirar contra o governo da presidente Dilma Rousseff.

Pois bem, o desdobramento dessa historia deveria ter maior repercução, sobretudo na velha mídia. Entretanto, não foi isso que ocorre, pois o PIG dificilmente ira repercultir o episodio.

Alguns jornalistas como Noblat e Josia de Souza publicaram o episódio envolvendo a Veja, mas se limitaram a ignorar a montanha de evidências contra a Revista VEJA.

Josia foi mais longe acusando Dirceu de inverter a ordem da narrativa exposta na ocorrência policial, acrescentando acusações que não constam do documento.

Ora, mesmo que a história relatada no BO não bate com o que afirma Dirceu em seu post.
A gravidade dessa denúncia feita, não desqualificar o denuciante José Dirceu. Ainda que não tivesse mesmo havido crime, filmar ou gravar alguém sem a sua permissão já seria.

Enfim, criou-se assim uma certo corporativismo da midia, uma articulação de jornalistas contaminado por idiossincrasias, quando não por preferências quase ideológicas na tentativa de destruir reputaçãoes.












domingo, 29 de maio de 2011

Folha.com - Cotidiano - Em SP, 26 PMs são investigados por roubar caixas eletrônicos - 29/05/2011

Folha.com - Cotidiano - Em SP, 26 PMs são investigados por roubar caixas eletrônicos - 29/05/2011

A maior parte dos quase 70 furtos e roubos a caixas eletrônicos neste ano no Estado de São Paulo é investigada pelo Deic (Departamento de Investigações Sobre o Crime Organizado), da Polícia Civil, como cometida por uma quadrilha formada por 26 policiais militares, grande parte deles em atividade na PM.

PMs são presos tentando roubar caixa eletrônico em SP
Por SMS, polícia acha terceiro suspeito de roubo a banco em SP

Na madrugada de sábado, dois PMs foram presos em flagrante pelo GOE (Grupo de Operações Especiais), da Polícia Civil, dentro da agência do Banco do Brasil, no Jabaquara (zona sul de São Paulo). Eles tinham explosivos para arrombar os caixas.

Um terceiro PM, que estava fardado e é investigado sob suspeita de dar cobertura aos dois, também foi preso. Esse PM dava, segundo o GOE, informações sobre a movimentação dos carros da própria Polícia Militar na área do banco invadido.

Além dos 26 PMs, outras 15 pessoas também são investigadas pelo Deic como responsáveis pelos roubos e furtos de caixas eletrônicos.

Na última semana, a Justiça determinou a prisão de quatro desses 26 PMs investigados. Um ex-PM que está fora do Estado de São Paulo atualmente é considerado o chefe da quadrilha.

Do início do mês até a última quarta-feira, a Folha levantou 16 casos de roubos e furtos a caixas eletrônicos só na Grande São Paulo. A onda de arrombamentos, que são feitos com o uso de maçaricos ou explosivos, tem levado comerciantes a desativar seus terminais.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Justiça proíbe a realização da marcha da maconha em SP - O Globo

Justiça proíbe a realização da marcha da maconha em SP - O Globo

SÃO PAULO - A 2ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo proibiu, por meio de liminar em mandado de segurança, a realização da Marcha da Maconha em São Paulo. O Ministério Público entrou com pedido de liminar contra a decisão anterior que autorizava algumas pessoas a participarem do evento, que estava previsto para acontecer neste sábado, às 14 horas, no vão livre do Masp, na avenida Paulista.

De acordo com a decisão do relator do processo, desembargador Teodomiro Mendez, "o evento que se quer coibir não trata de um debate de ideias, apenas, mas de uma manifestação de uso público coletivo de maconha, presentes indícios de práticas delitivas no ato questionado, especialmente porque, por fim, favorecem a fomentação do tráfico ilícito de drogas (crime equiparado aos hediondos). É necessário considerar o horário e local de sua realização, logradouro público e turístico, para onde podem convergir indistintamente crianças e adolescentes, o que denota imperativa a concessão da medida cautelar, para que, de pronto, sejam despendidos esforços por partes das autoridades constituídas no sentido de impedir a realização do evento e evitar possíveis danos à coletividade".

A Justiça determinou, ainda, que "sejam oficiados, com a máxima urgência a Secretaria de Segurança Pública, as autoridades responsáveis pela Polícia Civil, Polícia Militar, Guarda Civil Metropolitana e Companhia de Engenharia e Tráfego, para que adotem as medidas legais necessárias para coibir a manifestação".

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/cidades/mat/2011/05/20/justica-proibe-realizacao-da-marcha-da-maconha-em-sp-924504458.asp#ixzz1MwKdCKvg
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terça-feira, 17 de maio de 2011

Jovens de classe média alta são presos por furtos em São Paulo - São Paulo - iG

Jovens de classe média alta são presos por furtos em São Paulo - São Paulo - iG

Ações em Franca teriam rendido mais de R$ 1 milhão em joias, relógios e aparelhos eletroeletrônicos. Dois jovens estão foragidos


Cinco jovens de classe média alta, de entre 19 e 25 anos, filhos de empresários, comerciantes e pessoas influentes de Franca, na região de Ribeirão Preto (SP), são investigados pela Polícia Civil por praticar furtos em casas de bairros nobres. Os integrantes da quadrilha conheciam garotas e rapazes e faziam amizades em bares e festas e esperavam a ausência dos familiares para cometer os crimes.

Três dos jovens estão presos no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Franca e dois são considerados foragidos, com mandados de prisões expedidos pela Justiça. Advogadas de três deles recorrem da decisão judicial.

A maior ação ocorreu no feriado da Páscoa, em abril, quando entre 12 e 15 residências foram furtadas. As ações teriam rendido mais de R$ 1 milhão em joias, relógios e aparelhos eletroeletrônicos, entre outros.


A quadrilha foi investigada durante quase um ano, após denúncia, segundo o investigador Paulo Resende, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG). O delegado Márcio Murari reuniu provas, como cheques falsificados, contra os rapazes, que também usavam cartões de crédito furtados para fazer compras. Murari abriu 12 inquéritos para investigar os cinco suspeitos. O grupo, que usava os contatos e informações pessoais para planejar os crimes, também é suspeita de tráfico de drogas.

Leonardo Engler Pugliesi, de 19 anos, foi preso em sua residência há duas semanas. Ele seria, segundo a polícia, o responsável por um apartamento alugado em bairro universitário onde eram guardados os produtos furtados. No apartamento foram encontrados 3 quilos de maconha, porções de cocaína, balança de precisão, um revólver calibre 32 e objetos furtados de pelo menos 12 pessoas, que reconheceram seus pertences.

Resende acredita que os objetos recuperados somam apenas cerca de R$ 200 mil. "O restante pode ter sido vendido ou trocado por entorpecentes", comenta. Nem os familiares de namoradas do bando escaparam dos furtos.

Após a prisão de Pugliesi, Rafael Rodrigues Rossin, de 20 anos, e João Paulo Limírio, de 25, foram presos com um Vectra furtado. Tiago Engler Pugliesi, de 24 anos, irmão de Leonardo, e Guilherme Rodrigues Alves, de 21, estão foragidos.

A advogada de Leonardo, Ana Maria de Lima, espera a Justiça avaliar o pedido de relaxamento da prisão de seu cliente, que afirma ser inocente e que foi detido em sua casa, não no apartamento alugado, e sem objetos furtados.

Solange Secchi, que defende Tiago, alega inocência dele e espera revogar a prisão preventiva na Justiça local. Caso isso não ocorra, ela entrará com pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça (TJ), em São Paulo. A advogada não cogita a apresentação de seu cliente à polícia. Os advogados dos outros rapazes investigados não foram localizados pela reportagem.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

No WikiLeaks: Roseana Sarney fez operações secretas em paraísos fiscais, diz executivo suíço

Do jornal o Globo

BRASÍLIA - Documentos em poder do executivo suíço Rudolf Elmer mostram que a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), e o marido dela, Jorge Murad, fizeram operações secretas no banco Julius Baer, nas Ilhas do Canal e Ilhas Virgens, dois dos mais conhecidos paraísos fiscais. Na última segunda-feira, Elmer entregou parte dos papéis, uma lista com nomes de dois mil empresários e políticos acusados de movimentação de dinheiro de origem suspeita, ao fundador do site WikiLeaks, Julian Assange. Para Elmer, essa seria uma forma de combater a sonegação, a corrupção e a lavagem de dinheiro em âmbito internacional. Ele foi preso na última quarta-feira sob acusação de quebra de sigilo bancário.

Na relação, obtida pelo GLOBO antes de o material ser encaminhado ao WikiLeaks, constam ainda os nomes de outros brasileiros e de empresários e políticos de outros países. Numa entrevista em Londres, logo depois de receber a lista de Elmer, Assange disse que iria repassar o material para o "Financial Times" e para a "Bloomberg".
Roseana e Murad: emissários de depósito de US$ 10 mil

Os nomes de Roseana e Jorge Murad aparecem associados à Coronado Trust-JBTC, que seria administrada pelo também brasileiro Joseph Brafman. Na lista de Rudolf, Roseana e Murad aparecem como emissários de um depósito de US$ 10 mil.

A transação foi feita numa operação triangular com a Totar Business Corporation, empresa aberta nas Ilhas Virgens para gerenciar a Coronado Trust e, com isso, dificultar ainda mais a identificação dos verdadeiros donos do negócio.

O repasse foi registrado em 27 de setembro de 1993. Roseana e Murad fundaram a Coronado Trust em 1993 e a mantiveram aberta até 1999. Trust é uma espécie de contrato que dá ao titular poderes para fazer movimentações financeiras e patrimoniais em nome de terceiros.

Entre os brasileiros da lista de Elmer estão ainda Luiz Fernando da Cruz Secco e Sônia Silva da Cruz Secco, destinatários de US$ 900 mil. Os dois são do Rio de Janeiro. Aparece também o nome da Fabus Foundation, cujo contato é José Diniz de Souza, também beneficiário de US$ 900 mil. Pelos documentos, a Foundation tem sede em Campinas. Na lista constam ainda nomes de americanos, ingleses, alemães, espanhóis, árabes, chineses, canadenses, argentinos, gregos, irlandeses, libaneses, mexicanos, malteses, peruanos e suíços, entre outros.

Rudolf Elmer tem dito que decidiu vazar os documentos para coibir a sonegação, a lavagem e a corrupção que, para ele, seriam acobertadas em parte por regras do sistema financeiro que opera em paraísos fiscais. Ele trabalhou na sede do banco, na Suíça, e depois chefiou as operações da instituição nas Ilhas Cayman. Num determinado momento, entrou em choque com a empresa e decidiu vazar um dos segredos mais cobiçados: a movimentação de dinheiro de quem tenta pagar menos impostos, esconder patrimônio ou simplesmente escapar de investigações fiscais ou criminais.
Trust teria sido mantida sem movimentação

Procurados pelo GLOBO, Roseana e Jorge Murad confirmaram a existência da Coronado Trust. Segundo o advogado da governadora, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, Murad decidiu abrir a Trust no início da década de 90 para proteger o patrimônio. Naquele período, ele teve uma filha numa relação fora do casamento. O advogado disse, no entanto, que a Trust não recebeu ou repassou dinheiro a partir do Julius Baer. Ela teria sido mantida por seis anos sem qualquer movimentação.

- O depósito (que aparece no arquivo de Elmer) foi apenas para custear as despesas da própria Trust - disse Kakay.

Em dezembro do ano passado, Kakay se reuniu com dirigentes do banco Julius Baer na Suíça e obteve uma declaração de que a Coronado não recebeu recursos da Totar. O GLOBO tentou, sem sucesso, localizar Joseph Brafman. O advogado enviou nesta quarta-feira uma mensagem aos defensores de Assange alertando para o risco de divulgação de informações equivocadas sobre Roseana Sarney.