domingo, 28 de agosto de 2011
O risco da “murdoquização” da imprensa
Por Erivaldo
O ex-ministro José Dirceu publicou em seu blog nota acusando um repórter da "Veja" de ter tentado invadir seu quarto no Hotel Naoum. Fazendo-se passar por hóspede, ele teria dito a uma camareira que havia perdido a chave e solicitado, sem sucesso, que a funcionária abrisse o apartamento.
Na edição desta semana, a Veja publicou a reportagem sobre a estadia de José Dirceu no hotel citado. Segundo a revista, o ex-ministro utiliza o local para receber autoridades da República a fim de conspirar contra o governo da presidente Dilma Rousseff.
Pois bem, o desdobramento dessa historia deveria ter maior repercução, sobretudo na velha mídia. Entretanto, não foi isso que ocorre, pois o PIG dificilmente ira repercultir o episodio.
Alguns jornalistas como Noblat e Josia de Souza publicaram o episódio envolvendo a Veja, mas se limitaram a ignorar a montanha de evidências contra a Revista VEJA.
Josia foi mais longe acusando Dirceu de inverter a ordem da narrativa exposta na ocorrência policial, acrescentando acusações que não constam do documento.
Ora, mesmo que a história relatada no BO não bate com o que afirma Dirceu em seu post.
A gravidade dessa denúncia feita, não desqualificar o denuciante José Dirceu. Ainda que não tivesse mesmo havido crime, filmar ou gravar alguém sem a sua permissão já seria.
Enfim, criou-se assim uma certo corporativismo da midia, uma articulação de jornalistas contaminado por idiossincrasias, quando não por preferências quase ideológicas na tentativa de destruir reputaçãoes.
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