sexta-feira, 10 de abril de 2009

Telefônica culpa hackers por pane em rede

Empresa diz que pediu às autoridades que investiguem o caso, mas não deu um prazo para solucionar o problema

Falhas no Speedy ocorrem desde 2ª-feira; tempo em que usuários ficaram sem serviço pode ser descontado na próxima fatura

DA REPORTAGEM LOCAL

A Telefônica, responsável pelo serviço de acesso de banda larga à internet Speedy, culpou ontem os hackers pelos erros de conexão que vem provocando problemas para os usuários desde segunda-feira.
Em nota divulgada ontem, a empresa disse que seus servidores sofreram ataques virtuais. Com isso, ao digitar o endereço da internet, o usuário não consegue acessar o site.
A Telefônica informou ter comunicado o problema às autoridades para que sejam investigadas a origem e a razão dos ataques. Diz ainda que "adota todos os procedimentos conhecidos para detecção e proteção contra esse tipo de ação". A empresa, porém, não deu um prazo para solucionar o problema.
O Speedy tem 2,6 milhões de assinantes no Estado, entre residenciais e pequenas empresas. A Telefônica, no entanto, não informa quantos foram afetados nem em quais áreas.
A empresa foi notificada pelo Procon a prestar esclarecimentos sobre o caso. O tempo em que os usuários ficaram sem serviço pode ser descontado na próxima fatura. Para isso, é preciso informar o problema à Telefônica e, se não der certo, recorrer ao Procon.

"Morreu"
"Na segunda e na terça à noite, a internet morreu por volta das 18h e só voltou a funcionar depois das 24h", conta a socióloga Cristiane Borges, assinante do Speedy, que ontem voltou a ter problemas para se conectar depois das 18h. Ela só conseguiu reclamar ontem, depois de quase dois dias ligando para a empresa. "A linha caía ou não completava. Só deu certo quando, em vez de dizer que estava com problemas no Speedy, eu disse que queria informações."
Edney Souza, sócio de uma agência que faz anúncios publicitários na internet, também ficou sem acesso na terça à noite. Quando procurou a Telefônica, foi informado de que levaria 24 horas para normalizar o serviço. "Meu plano é "business", ou seja, uso para trabalhar. Se tivesse prejuízo, entraria com ação", disse ele, que recorreu à conexão pelo celular.
Relatórios de 2006, 2007 e 2008 apontam a Telefônica como líder das reclamações feitas ao Procon.

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