sábado, 25 de julho de 2009

Banqueiro se projetou no governo FHC




O empresário Daniel Valente Dantas, 54, ganhou projeção nacional com as privatizações do governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), do qual se aproximou graças a seus laços com o grupo do líder baiano Antonio Carlos Magalhães (DEM).
Filho de um empresário amigo de ACM, cursou engenharia na UFBA e fez mestrado e doutorado em economia na FGV do Rio, onde virou discípulo de Mário Henrique Simonsen. Fez especialização no MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) e, de volta ao Brasil, trabalhou no Bradesco e no Icatu. No governo Itamar Franco, aproximou-se dos tucanos e deixou o Icatu.
Com recursos do Citigroup, montou o CVC Opportunity e atraiu fundos de pensão e a Telecom Italia. No leilão da Telebrás, adquiriu a Tele Centro Sul (Brasil Telecom), mas entrou em choque com os sócios -que o responsabilizaram por práticas de espionagem que atingiram até ministros de Lula.
Em 2005, o Citigroup afastou o Opportunity da gestão do CVC Opportunity (que controlava BrT, Telemig Celular, Amazônia Celular e o Metrô do Rio), e Dantas perdeu o controle das empresas. Ele também foi indiciado em inquérito da Polícia Federal sobre a espionagem contra a Telecom Italia.
As investigações levaram à Operação Satiagraha, em 2008. Dantas chegou a ser preso duas vezes e foi condenado a dez anos de prisão, em primeira instância, acusado de corromper um delegado da PF -o que ele nega.

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